Red Hat Enterprise Linux 4: Guia de Instalação para Arquitetura POWER da IBM® | ||
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Se você optou pelo particionamento automático e não selecionou Rever, pule para a Seção 2.15.
Se você optou pelo particionamento automático e selecionou Rever, pode aceitar a configuração atual das partições (clicando em Próximo), ou modificar a configuração usando o Disco Druid, a ferramenta de particionamento manual.
Se você escolheu particionar manualmente, deve dizer ao programa de instalação onde instalar o Red Hat Enterprise Linux. Para tanto, deve definir os pontos de montagem para uma ou mais partições de disco, nas quais o Red Hat Enterprise Linux será instalado.
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Se você ainda não planejou como configurar suas partições, consulte o Apêndice C e a Seção 2.14.4. Você precisa de, no mínimo, uma partição root (/) de tamanho apropriado, uma partição /boot/ para outros sistemas que não iSeries (sistemas iSeries não requerem uma partição /boot/), uma partição PPC PReP boot e uma partição swap igual ao dobro de RAM do seu sistema. Para usuários do iSeries: É recomendado configurar uma partição PReP boot como seu método de inicialização principal ou secundário. O tamanho de uma partição PReP boot varia de 16 a 32 MB e deve ser uma partição primária marcada como ativa. |
A ferramenta de particionamento usada pelo programa de instalação é o Disco Druid. Com exceção de algumas raras situações, o Disco Druid pode atender aos requisitos de particionamento de uma instalação típica.
O Disco Druid oferece uma representação gráfica de seu(s) disco(s) rígido(s).
Usando seu mouse, clique uma vez para destacar um determinado campo no display gráfico. Duplo-clique para editar uma partição existente ou para criar uma partição no espaço livre existente.
Acima do display, você verá o nome do Drive (tal como /dev/hda), a Geometria (que exibe a geometria do disco rígido e consiste de três dígitos representando o número de cilindros, heads e setores, conforme reportados pelo disco rígido), e o Modelo do disco rígido detectado pelo pograma de instalação.
Os botões controlam as ações do Disco Druid. São usados para alterar os atributos de uma partição (ex.: o tipo de sistema de arquivo e o ponto de montagem) e também para criar dispositivos RAID. Os botões desta tela também são usados para aceitar as alterações efetuadas ou para sair do Disco Druid. Para uma explicação mais detalhada, dê uma olhada em cada botão, na ordem seguinte:
Nova: Usada para solicitar uma nova partição. Quando selecionada, traz um diálogo contendo campos (como ponto de montagem e tamanho) a serem preenchidos.
Editar: Usado para modificar os atributos da partição selecionada na seção Partições. Selecionar Editar abre uma caixa de diálogo. Alguns ou todos estes campos podem ser editados; depende se as informações da partição já foram gravadas no disco ou não.
Você também pode editar espaço livre, conforme representado no display gráfico, para criar uma nova partição neste espaço. Selecione o espaço livre e então clique no botão Editar, ou então duplo-clique no espaço livre para editá-lo.
Para criar um dispositivo RAID, você deve primeiro criar as partições (ou reutilizar as existentes) RAID de software. Após criar duas ou mais partições RAID de software, selecione Criar RAID para juntar as partições RAID de software ao dispositivo RAID.
Apagar: Usado para remover a partição atualmente destacada na seção Partições de Disco Atuais. Você deverá confirmar a deleção de qualquer partição.
Restaurar: Usado para restaurar o Disco Druid para seu estado original. Todas as alterações feitas serão perdidas se você Restaurar as partições.
RAID: Usado para prover redundância para qualquer uma ou todas as partições do disco. Deve ser usado somente se você for experiente com o RAID. Para ler mais sobre o RAID, consulte o Guia de Administração de Sistemas Red Hat Enterprise Linux.
Para criar um dispositivo RAID, você deve primeiro criar as partições RAID de software. Após criar uma ou mais partições RAID de software, selecione RAID para juntar as partições de software ao dispositivo RAID.
LVM: Permite a você criar um volume lógico LVM. A função do LVM (Administrador de Volume Lógico) é apresentar uma visão lógica simples do espaço de armazenamento físico básico, como disco(s) rígido(s). O LVM administra discos físicos individuais — ou para ser mais preciso, as partições individuais presentes neles. Deve ser usado somente se você tiver experiência no uso do LVM. Para ler mais sobre o LVM, consulte o Guia de Administração de Sistemas Red Hat Enterprise Linux. Note que o LVM é disponibilizado somente no programa de instalação gráfico.
Para criar um volume lógico LVM, crie primeiro as partições do tipo volume físico (LVM). Após criar uma ou mais partições de volume físico (LVM), selecione LVM para criar um volume lógico LVM.
Abaixo da hierarquia da partição, há etiquetas que representam as informações sobre as partições sendo criadas. As etiquetas são definidas conforme o seguinte:
Dispositivo: O campo exibe o nome do dispositivo da partição.
Ponto de Montagem/RAID/Volume: Um ponto de montagem é a localidade, dentre a hierarquia dos diretórios, na qual o volume se encontra; o volume é "montado" nesta localidade. Este campo indica onde a partição está montada. Se uma partição existe, mas não está configurada, então você precisa definir seu ponto de montagem. Duplo-clique na partição ou clique no botão Editar.
Tipo: Este campo mostra o tipo de sistema de arquivo da partição (por exemplo: ext2 ou ext3).
Formatar: mostra se a partição sendo criada será formatada.
Tamanho (MB): mostra o tamanho da partição em MB.
Início: mostra o cilindro do disco rígido no qual a partição começa.
Fim: mostra o cilindro de seu disco rígido no qual a partição termina.
Ocultar dispositivo RAID/membros do Grupo de Volume LVM: Selecione esta opção se você não deseja rever nenhum dispositivo RAID ou membros do grupo de volume LVM que foram criados.
A não ser que você tenha alguma razão para fazer diferentemente, nós recomendamos que você crie as seguintes partições:
Uma partição swap (pelo menos 256 MB) — partições swap são usadas para suportar a memória virtual. Em outras palavras, os dados são gravados numa partição swap quando não há memória RAM suficiente para armazenar os dados que seu sistema está porocessando.
Se você não sabe o tamanho da partição swap a criar, crie-a com o dobro da quantidade de RAM de sua máquina (mas, não maior que 2 GB). Deve ser do tipo swap.
A criação da quantidade apropriada de swap varia dependendo de diversos fatores, incluindo os seguintes (em ordem descendente de importância):
As aplicações rodando na máquina.
A quantidade de RAM física instalada na máquina.
A versão do sistema operacional.
Swap deve ser igual ao dobro de RAM até 2 GB de RAM física, e então 1x a RAM física para as quantidades acima de 2 GB, mas nunca menos que 32 MB.
Usando esta fórmula, um sistema com 2 GB de RAM física teria 4 GB de swap, enquanto outro com 3 GB de RAM fiica teria 5 GB de swap. Criar uma partição com espaço swap pode ser muito útil, principalmente se você planeja fazer um upgrade da memória RAM posteriormente.
![]() | Dica |
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Se o seu esquema de particionamento requer uma partição swap maior que 2 GB, você deve criar uma partição swap adicional. Por exemplo: se você precisa de 4 GB de swap, deve criar duas partições swap de 2 GB cada. Se você tem 4 GB de RAM, deve criar três partições swap de 2 GB. O Red Hat Enterprise Linux suporta até 32 arquivos swap. |
Para sistemas com imensas quantidades de RAM (mais de 32 GB), você pode criar uma partição swap menor (em torno de 1x a memória física ou menos).
Uma partição PPC PReP boot na primeira partição do disco rígido — a partição PPC PReP boot contém o kernel do sistema operacional (em sistemas iSeries) ou o gestor de início YABOOT (que permite a outros sistemas POWER inicializar o Red Hat Enterprise Linux). Para sistemas POWER, exclusive sistemas iSeries: a não ser que você pretenda inicializar a partir de um recurso de rede ou disquete, deve ter uma partição PPC PReP boot para inicializar o Red Hat Enterprise Linux.
Para usuários do OpenPower, p5, i5 e pSeries A partição PPC PReP boot deve ter entre 4 e 8 MB; não deve exceder 10 MB.
Para usuários do iSeries: É recomendado configurar uma partição PPC PReP boot como seu método de inicialização principal ou backup. O tamanho de uma partição PPC PReP varia de 16 a 32 MB (não mais que 32 MB). A partição PPC PReP boot deve ser uma partição primária e deve estar marcada como ativa.
Para usuários não-iSeries: Uma partição /boot/ (100 MB) (a /boot/ não é necessária em sistemas iSeries — a partição montada em /boot/ contém o kernel do sistema operacional (que permite a seu sistema inicializar o Red Hat Enterprise Linux) juntamente a arquivos usados no processo de bootstrap. Devido às limitações da maioria dos PCs firmware, é uma boa idéia criar uma pequena partição para armazenar estes arquivos. Para a maioria dos usuários, é suficiente uma partição boot de 100 MB.
![]() | Atenção |
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Se você tem uma placa RAID, esteja ciente de que alguns firmware não suportam a inicialização a partir da placa RAID. Em casos como este, a partição /boot/ deve ser criada em uma partição fora do conjunto RAID, como em um dispositivo separado. Este é o caso da PReP em sistemas iSeries. |
Uma partição root (500 MB a 5.0 GB) — aqui localiza-se "/" (o diretório root). Nesta configuração, todos os arquivos (exceto aqueles armazenados em /boot) estão na partição root.
Uma partição de 500 MB permite que você faça uma instalação mínima, enquanto uma partição root de 5.0 GB permite uma instalação completa, selecionando todos os grupos de pacotes.
Para adicionar uma partição, selecione o botão Nova. Aparecerá uma caixa de diálogo (veja a Figura 2-14).
![]() | Nota |
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Você deve dedicar ao menos duas partições para esta instalação, ou mais se quiser. Para mais informações, veja o Apêndice C. |
Ponto de Montagem: Indique o ponto de montagem da partição. Por exemplo: se for uma partição root, indique /; indique /boot para a partição /boot e assim por diante. Você também pode usar o menu suspenso para escolher o ponto de montagem correto da sua partição.
Tipo de Sistema de Arquivo: Usando o menu suspenso, selecione o sistema de arquivo apropriado para esta partição. Para mais informações sobre tipos de sistema de arquivo, veja a Seção 2.14.5.1.
Drives Permitidos: Este campo contém uma lista de discos rígidos instalados em seu sistema. Se a caixa de um disco rígido estiver assinalada, então a partição desejada pode ser criada neste disco. Se a caixa não estiver assinalada, então a partição nunca será criada neste disco rígido. Ao utilizar configurações diferentes nas caixas de verificação, você pode usar o Disco Druid para alocar as partições onde precisar ou deixar que o Disco Druid decida onde alocá-las.
Tamanho (MB): Indique o tamanho da partição (em megabytes). Note que este campo começa com 100 MB; portanto se não for alterado, será criada uma partição de apenas 100 MB.
Opções Adicionais de Tamanho: Escolha se você deseja manter esta partição com tamanho fixo, permitir que ela "cresça" (preenchendo o espaço disponível do disco rígido) até um certo ponto, ou permitir que ela "cresça" preenchendo todo espaço disponível no disco rígido.
Se escolher Preencher todo espaço até (MB), você deve indicar as restrições de tamanho no campo à direita desta opção. Isto permite a você deixar uma certa quantidade de espaço livre em seu disco rígido para usar futuramente.
Forçar para ser uma partição primária: Selecione se a partição que você está criando deve ser uma das quatro partições iniciais do disco rígido. Se não estiver selecionada, a partição criada será uma partição lógica. Veja a Seção C.1.3 para mais informações.
OK: Selecione OK quando você estiver satisfeito com as configurações e quiser criar a partição.
Cancelar: Selecione Cancelar se você não quiser criar a partição.
O Red Hat Enterprise Linux permite que você crie tipos diferentes de partições baseadas no sistema de arquivo que elas utilizarão. A seguir, veja uma breve descrição dos tipos diferentes de sistemas de arquivo disponíveis e como eles podem ser utilizados.
ext2 — Um sistema de arquivo ext2 suporta tipos de arquivo Unix padrão (arquivos e diretórios regulares, links simbólicos, etc). Oferecem a possibilidade de atribuir nomes longos aos arquivos; até 255 caracteres.
ext3 — O sistema de arquivo ext3 é baseado no sistema de arquivo ext2 e tem uma vantagem principal — o journaling. Usar um sistema de arquivo journaling reduz o tempo gasto com sua recuperação após ele travar, já que não há necessidade para fsck[1] o sistema de arquivo. O sistema de arquivo ext3 é selecionado por default e é altamente recomendado.
volume físico (LVM) — Criar uma ou mais partições de volume físico (LVM) permite a você criar um volume lógico LVM. Para mais informações sobre LVM, consulte o Guia de Administração de Sistemas Red Hat Enterprise Linux.
software RAID — Criar uma ou mais partições de software RAID permite criar um dispositivo RAID. Para mais informações sobre RAID, consulte o capítulo RAID (Conjunto Redundante de Discos Independentes) no Guia de Administração de Sistemas Red Hat Enterprise Linux.
swap — Partições swap são usadas para suportar a memória virtual. Em outras palavras, os dados são gravados em uma partição swap quando não há memória RAM suficiente para armazenar os dados que seu sistema está processando. Consulte o Guia de Administração de Sistemas Red Hat Enterprise Linux para mais informações.
vfat — O sistema de arquivo VFAT é um sistema de arquivo Linux compatível com os nomes de arquivo longos do Microsoft Windows no sistema de arquivo FAT.
PPC PReP Boot — A partição PPC PReP boot contém o kernel do sistema operacional (para inicializar pela Fonte IPL *NWSSTG no iSeries) ou o gestor de início YABOOT (que permite ao sistema pSeries inicializar o Red Hat Enterprise Linux).
[1] | A aplicação fsck é usada para checar o sistema de arquivo em relação à consistência dos metadados e opcionalmente consertar um ou mais sistemas de arquivo Linux. |